Estamos realmente na era dos conteúdos nostálgicos. Se não são reboots, são remakes ou o retorno de histórias que fizeram sucesso no passado. Dexter (2006- 2013) se encaixa nesse último grupo, com a Showtime voltando a aproveitar a legião de fãs que a série deixou após seu final.

Crédito: Divulgação/Showtime
Dexter também se enquadra naquele grupo mais específico de séries que duraram muito mais do que deveriam ou que não souberam como encerrar de forma satisfatória. Vamos concordar que o final da série original praticamente não tem defensores.
Porém, a Showtime tem a seu favor um protagonista forte. Dexter é um personagem cheio de profundidade, que atrai tanto amantes de vilões quanto de mocinhos, interpretando essa espécie de justiceiro que nasceu na violência e luta com seu “passageiro sombrio” para tirar o melhor desse lado obscuro. Aquele tipo de anti-herói controverso que todos nós amamos.
Provando que franquias de sucesso nunca são deixadas para morrer, Dexter: Ressurreição marca a chegada de uma nova série do universo Dexter, estrelada novamente por Michael C. Hall. Os dois primeiros episódios já estão disponíveis no Paramount+, e a primeira temporada contará com um total de dez episódios.
NEW BLOOD
Dexter: New Blood (2021) foi a primeira aposta do estúdio para trazer o personagem de volta. A trama acompanha Dexter, que após fingir sua morte, vive isolado como Jim Lindsay, até que seu filho o localiza após a morte da mãe. Agora, Dexter precisa lidar com a paternidade enquanto um novo serial killer surge na pequena Iron Lake, e o medo cresce de que seu passageiro sombrio também esteja presente no filho.
Essa série dividiu o público, mas Michael C. Hall é tão perfeito no papel que conquistou seu espaço novamente. O que era para ser uma minissérie reviveu o interesse no personagem, gerando um spin-off e uma sequência.
ORIGINAL SIN
E o que poderia ser melhor do que revisitar as histórias que ouvimos na série original para conhecer melhor esse personagem? Dexter: Pecado Original (2024) nos traz de volta às origens de Dexter e seus primeiros assassinatos, enquanto Harry Morgan cria o famoso código para controlar os impulsos assassinos do protagonista.
Mais uma vez, Michael C. Hall assume a narração, mas Patrick Gibson, como o jovem Dexter Morgan, se destaca ao trazer a essência do personagem sem parecer uma cópia. Grande parte do elenco também se sobressai ao interpretar versões mais jovens de personagens conhecidos.
A ligação com a série original funcionou tão bem que deixou os fãs querendo mais, fortalecendo a confiança de que esse personagem ainda tem muito a entregar.
RESURRECTION
Agora é a vez do “Dexter do Velho Testamento” voltar. Em Dexter: Ressurreição (2025) Michael C. Hall retorna com mais confiança, mostrando que a fórmula vencedora está nas origens do personagem. Mesmo lidando com a presença do filho, são as conexões com o passado que dão força à trama.

Crédito: Divulgação/Showtime
A série aprendeu isso em Pecado Original e já podemos ver no primeiro episódio dessa nova fase, com participações especiais e a certeza de que está na hora de enterrar Jim Lindsay e trazer Dexter Morgan de volta. Talvez David Zayas, como Angel Batista, seja a grande ligação para, finalmente, termos um desfecho mais pé no chão para o personagem, já que está na hora de Dexter enfrentar as consequências de seus atos.
Talvez isso se estenda por algumas temporadas, mas a verdade é que a fonte parece longe de secar, ao menos enquanto a busca por histórias nostálgicas continuar atraindo o público.
A nova série Dexter está sendo exibida semanalmente no Paramount+. O terceiro episódio estreia na próxima sexta-feira, 18 de julho.
Confira o trailer:
